O Poder das Pessoas (na Internet)

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Desde que foi criada, a Internet vêm transformando gerações. A tecnologia, concebida em início para objetivos militares e depois trazida para a vida comum do cidadão, revolucionou o comportamento do ser humano e o modo como ele se relaciona com os outros e com o mundo em que vive. De todos os âmbitos em que poderia (e conseguiu) causar impacto, nenhum foi tão afetado como o da comunicação.

No documentário A Verdadeira História da Internet, transmitido pelo Discovery Channel, o narrador diz na quarta parte – intitulada de “O Poder das Pessoas” – que o que as pessoas mais querem não é amor, nem poder, mas sim a possibilidade da comunicação. Ao longo do vídeo concordei e discordei dele diversas vezes, mas uma coisa é fato: a internet oferece uma liberdade de comunicação nunca antes vista na história da humanidade.

Para ilustrar isto, o documentário apresenta diversos exemplos de sites e softwares que surgiram na última década e transformaram o modo como informações são compartilhadas, como o Digg, YouTube, Napster, Facebook e Wikipedia. O primeiro é um site que reúne diversas notícias vindas do mundo inteiro e, de acordo com o interesse dos usuários, as mais acessadas ganham destaque na primeira página. A regrinha jornalística da “informação de interesse público” é concretizada no Digg, longe dos grandes veículos midiáticos e dos jornalistas formados e profissionais.

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O Napster foi um software de compartilhamento de música grátis que mudou para sempre o modo como consumimos música. Apesar de ter sido derrubado após uma luta judicial, o programa produziu efeitos que perduram até hoje na indústria fonográfica – as vendas de CDs caíram consideravelmente e os artistas, produtores e empresários foram forçados a pensar em novas formas de vender e divulgar seus trabalhos. Hoje quase tudo acontece online.

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Junto aos outros exemplos citados anteriormente, o Napster e o Digg mostram como a internet permite um certo nível de democratização da mídia. É um compartilhamento enorme de informações, feito por pessoas comuns e sem nenhuma regulamentação. Fica claro aqui que, além da indústria fonográfica, o modo de se fazer jornalismo também teve que mudar. As vendas de jornais despencaram nos últimos anos e o telejornalismo, apesar de ainda estável, perdeu um pouco da força. Enquanto isso, os números de blogs e sites de notícias informais crescem a cada ano, enquanto redes sociais como o Facebook e o Twitter servem como meios muito utilizados para o acesso de informações.

E por quê discordo (em partes) com o narrador do documentário? Não acho que o maior desejo das pessoas seja a comunicação. Acredito que esta é apenas um canal que dá acesso fácil ao verdadeiro desejo do ser humano: o poder. A comunicação oferece poder às pessoas, ela manipula, pauta, liberta e modifica culturas, pensamentos e ideias. E com o advento da internet, a comunicação (e o poder) têm estado à disposição de milhares de pessoas, a toda hora e em qualquer lugar.

Aos interessados no documentário, segue o vídeo abaixo:

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